Augusto Dos Anjos Frases

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo! O amor da humanidade é uma mentira. E é por isso que na minha lira de amores fúteis poucas vezes falo. Cerca de 37 citações frases citações e frases de augusto dos anjos. As melhores frases e textos de augusto dos anjos. Augusto de carvalho rodrigues dos anjos foi um poeta. Augusto dos anjos frases famosas „a esperança não murcha, ela não cansa, também como ela não sucumbe a crença. Para iludir a minha desgraça, estudo. Intimamente, sei que não me iludo! Augusto dos anjos cansado de chorar pelas estradas.

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27 melhores poemas de Augusto dos Anjos sobre a morte e o amor - Pensador

Exausto de pisar mágoas pisadas. Madrugada de ilusões, santíssima, sombra perdida lá do meu passado, vinde entornar a clâmide puríssima da luz que fulge no ideal sagrado! Longe das tristes noutes. Conheça a coletânea do poeta augusto dos anjos. Soneto esplêndido augusto dos anjos. Canta teu riso esplêndido sonata, e há, no teu riso de. 30 frases de augusto dos anjos para quem ama poesia com toque sombrio. Apelidado de “doutor tristeza”, augusto dos anjos foi um dos poetas. Frases, citações e aforismos de augusto dos anjos 14 em português “o amor, poeta, é como cana azeda, a toda boca que não prova engana. ” augusto dos anjos filtre por. Frases de augusto dos anjos.

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Augusto dos Anjos - Poema negro

O meu poeta preferido; eterno, indubitavelmente inteligente e artisticamente sensível, Augusto dos Anjos.

Autor: Augusto dos Anjos (1884 - 1914).

Voz: Othon Bastos.

"Poema negro

A Santos Neto

Para iludir minha desgraça, estudo.
Intimamente sei que não me iludo.
Para onde vou (o mundo inteiro o nota)
Nos meus olhares fúnebres, carrego
A indiferença estúpida de um cego
E o ar indolente de um chinês idiota!

A passagem dos séculos me assombra.
Para onde irá correndo minha sombra
Nesse cavalo de eletricidade?!
Caminho, e a mim pergunto, na vertigem:
— Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem?
E parece-me um sonho a realidade.

Em vão com o grito do meu peito impreco!
Dos brados meus ouvindo apenas o eco,
Eu torço os braços numa angústia doida
E muita vez, à meia-noite, rio
Sinistramente, vendo o verme frio
Que há de comer a minha carne toda!

É a morte — esta carnívora assanhada —
Serpente má de língua envenenada
Que tudo que acha no caminho, come...
— Faminta e atra mulher que, a 1 de janeiro,
Sai para assassinar o mundo inteiro,
E o mundo inteiro não lhe mata a fome!

Nesta sombria análise das cousas,
Corro. Arranco os cadáveres das lousas
E as suas partes podres examino...
Mas de repente, ouvindo um grande estrondo,
Na podridão daquele embrulho hediondo
Reconheço assombrado o meu destino!

Surpreendo-me, sozinho, numa cova.
Então meu desvario se renova...
Como que, abrindo todos os jazigos,
A morte, em trajos pretos e amarelos,
Levanta contra mim grandes cutelos
E as baionetas dos dragões antigos!

E quando vi que aquilo vinha vindo
Eu fui caindo como um sol caindo
De declínio em declínio; e de declínio
Em declínio, com a gula de uma fera,
Quis ver o que era, e quando vi o que era,
Vi que era pó, vi que era esterquilínio!

Chegou a tua vez, oh! Natureza!
Eu desafio agora essa grandeza,
Perante a qual meus olhos se extasiam...
Eu desafio, desta cova escura,
No histerismo danado da tortura
Todos os monstros que os teus peitos criam.

Tu não és minha mãe, velha nefasta!
Com o teu chicote frio de madrasta
Tu me açoitaste vinte e duas vezes...
Por tua causa apodreci nas cruzes,
Em que pregas os filhos que produzes
Durante os desgraçados nove meses!

Semeadora terrível de defuntos,
Contra a agressão dos teus contrastes juntos
A besta, que em mim dorme, acorda em berros
Acorda, e após gritar a última injúria,
Chocalha os dentes com medonha fúria
Como se fosse o atrito de dois ferros!

Pois bem! Chegou minha hora de vingança.
Tu mataste o meu tempo de criança
E de segunda-feira até domingo,
Amarrado no horror de tua rede,
Deste-me fogo quando eu tinha sede...
Deixa-te estar, canalha, que eu me vingo!

Súbito outra visão negra me espanta!
Estou em Roma. É Sexta-feira Santa.
A treva invade o obscuro orbe terrestre.
No Vaticano, em grupos prosternados,
Com as longas fardas rubras, os soldados
Guardam o corpo do divino mestre.

Como as estalactites da caverna,
Cai no silêncio da cidade eterna
A água da chuva em largos fios grossos...
De Jesus Cristo resta unicamente
Um esqueleto; e a gente, vendo-o, a gente
Sente vontade de abraçar-lhe os ossos!

Não há ninguém na estrada da Ripetta.
Dentro da Igreja de São Pedro, quieta,
As luzes funerais arquejam fracas...
O vento entoa cânticos de morte.
Roma estremece! Além, num rumor forte,
Recomeça o barulho das matracas.

A desagregação da minha ideia
Aumenta. Como as chagas da morféa
O medo, o desalento e o desconforto
Paralisam-se os círculos motores.
Na eternidade, os ventos gemedores
Estão dizendo que Jesus é morto!

Não! Jesus não morreu! Vive na serra
Da Borborema, no ar de minha terra,
Na molécula e no átomo... resume
A espiritualidade da matéria
E ele é que embala o corpo da miséria
E faz da cloaca uma urna de perfume.

Na agonia de tantos pesadelos
Uma dor bruta puxa-me os cabelos,
Desperto. É tão vazia a minha vida!
No pensamento desconexo e falho
Trago as cartas confusas de um baralho
E um pedaço de cera derretida!

Dorme a casa. O céu dorme. A árvore dorme.
Eu, somente eu, com a minha dor enorme
Os olhos ensangüento na vigília!
E observo, enquanto o horror me corta a fala,
O aspecto sepulcral da austera sala
E a impassibilidade da mobília.

Meu coração, como um cristal, se quebre
O termômetro negue minha febre,
Torne-se gelo o sangue que me abrasa,
E eu me converta na cegonha triste
Que das ruínas duma casa assiste
Ao desmoronamento de outra casa!

Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos...
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos."

Augusto dos anjos é um poeta brasileiro. O título de sua única obra é “eu e outras poesias”. A poesia de augusto dos anjos é caracterizada por gullar como apresentando aspectos da poesia moderna: Vocabulário prosaico misturado a termos poéticos e científicos;. Frases de augusto dos anjos. Cerca de 34 frases de augusto dos anjos. O homem que nesta terra miserável mora entre as feras, sente inevitável necessidade de também ser.

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